quarta-feira, 1 de julho de 2009

Atiradores no jornalismo

Enfatizo que foi importante cursar uma faculdade. Foi proveitoso aprender técnicas, valorizar o conhecimento geral, me aprofundar na área de jornalismo. Mas nada foi tão fundamental e decisivo do que colocar em prática tudo que aprendi. Com a experiência o jornalismo teve outro sentido.
Não aprovo e nem acho "bacaninha" a desvalorização da profissão. O risco eminente da queda do diploma, no meu ponto de vista, é exatamente esse. O jornalista já é um profissional desvalorizado, mal remunerado e incompreendido, rs. Claro, não é fácil.
Mas vejo pelo lado positivo. Àqueles que cursam uma faculdade só para ter DIPLOMA universitário, estão desorientados. Os que estão começando o curso, também. Os maus jornalistas, estão tremendo na base. Os inseguros, nem irão iniciar o curso. Colocando todo esse pessoal no mesmo saco dos "Desisto da Profissão" oque resta?
Um grupo realmente interessado. E nesse grupo, há os bons jornalistas e os profissionais (ou nem tanto assim) que querem atuar na área. Se me preocupam? Não. Pois não os considero meus concorrentes, confesso. Os "atiradores no jornalismo" não irão disputar vagas de trabalho comigo. Pois empresas que contratam profissionais com estas características, não é uma boa empresa pra mim. Sinceramente. Por que então, me preocupar com "jornalecos" que não irão contratar jornalistas formados? Esse não é meu foco, não mesmo!
Mas alto lá, aindo defendo um código de conduta e leis que regulamente a profissão como acontece em países que não exigem a formação de jornalista como: Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Chile, China, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Japão, Peru, Reino Unido, Suécia, Suíça, entre outros.

2 comentários:

  1. Acho esta visão bem interessante. Só não concordo num ponto: devemos nos preocupar com os jornalecos. Não para você (como disse no post), nem para mim. Mas para aumentar as chances de trabalho para nossa categoria. Também não penso em ter um fim num jornaleco ao que você se referiu. mas devemos torcer para que jornalões e jornalecos e afins tenham um crescimento para abraçar todos os bons profissionais de jornalismo. devemos lembrar, também, que - infelizmente - há os QI (quem indica). Isso é que "mela" a nossa carreira em busca de melhores oportunidades. Abs, Marcio Arruda

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  2. Márcio,

    A exigência do diploma que até poucos dias era obrigatória, nunca influenciou os jornalecos. Pelo menos por aqui, na Região Grande Oeste de São Paulo. Claro que a imprensa regional "mais comprometida com o jornalismo sério" preocupa-se com a qualidade do profissional, normalmente jornalistas formados ou em formação, mas duvido que exijam ou tenham exigido a apresentação do Diploma.
    Ja a "imprensa marron" e os jornalecos (que poderá servir como oportunidade de trabalho para alguns) nunca se preocuparam com nada, a não ser em dinheiro. Não está nem ai com o Diploma e nem irá ficar. Se mesmo com a exigência do diploma já não estava preocupada com isso, não é depois disso que vai ficar (infelizmente).
    Os jornalistas terão que cavar seu espaço, buscar alternativas e lutar (sim) por seus direitos trabalhistas e salariais. Mas o diploma não tem a ver com esta história, poderia facilitar o processo, só isso.
    O espaço do jornalista continuará sendo cavado com qualidade de trabalho, luta, dignidade e ética. Como, na verdade, sempre foi.

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