terça-feira, 18 de agosto de 2009

Diagramador agora é jornalista, segundo justiça

Já que é festa, que todos tenham direito a dançar. Aparentemente foi com essa filosofia que o Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina acatou a solicitação de registro de jornalista realizado por um diagramador de um jornal na cidade de Brusque. Pois é, segundo divulgou o site Comunique-se nesta semana, “ Os juízes da 1ª Turma rejeitaram o voto da relatora e mantiveram decisão de primeira instância por entenderem não ser necessário o diploma de Jornalismo para o exercício da profissão, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal. O autor da ação pediu o seu enquadramento como jornalista para receber as diferenças salarias previstas nas convenções coletivas da categoria e a aplicação da jornada de trabalho especial de cinco horas. Espertíssimo não? O site Comunique-se relata que “O jornal contestou o pedido, alegando que ele não poderia ser enquadrado como jornalista por não possuir diploma de graduação na área. Em primeira instância, essa tese foi derrubada com base no Decreto-lei 972/76, que diz não ser necessária a graduação em comunicação social para o exercício da função de jornalista/diagramador. O jornal recorreu e a juíza Águeda Maria Lavorato Pereira não só manteve a decisão anterior, como acrescentou em seu voto: “esta discussão, aliás, restou superada uma vez que em recente decisão proferida no julgamento do Recurso Extraordinário nº 511961 (em 17.06.09), o pleno do STF derrubou a exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista”. Ainda cabe recurso ao Tribunal Superior do Trabalho. E agora José, como fica o tiro no pé? Sinceramente, existem casos e casos. Neste em especial, não vejo a necessidade de registrar o diagramador como jornalista, que aparentemente só quer receber os “louros” da profissão, se é que existem. Conheço alguns diagramadores ótimos que além de executarem o serviço que lhes cabe, dão sugestões de títulos, matérias e interferem diretamente nos textos. Alguns até escrevem melhor que muitos jornalistas diplomados. Mas peraí, conceder o registro assim, de graça? Poxa, é preciso ter parâmetro, no mínimo o profissional tem que ter mérito para tal título. Não vamos chutar o balde! Se não, onde iremos parar? Raquel Duarte com informações do Site Comunique-se.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Nova lei de adoção amolece corações

Cuidado! Não se contagie! É roubada adotar bigodudos do Senado!

domingo, 2 de agosto de 2009

Sarney, afaste de mim este cale-se!

Quanta ironia! Quem um dia convocou o povo brasileiro para realizar atos de fiscalização agora trata de censurar a imprensa (e portanto o interesse público).

O poderoso político maranhense – e parlamentar mais antigo ainda em atividade no Congresso Nacional , José Sarney – mexeu seus pauzinhos para censurar qualquer publicação que trate da Operação Boi Barrica (ou Operação Faktor) , coordenada pela Polícia Federal que investiga Fernando Sarney, filho do Senador.

O moçoilo em questão é “ suspeito” de fazer caixa dois na campanha de Roseana Sarney nas eleições de 2006 para governo do Maranhão. Detalhe: antes das eleições ele sacou a quantia “irrisória” de 2 milhões de reais.

Mas quem é o dito cujo que concedeu esse "Cale-se" à imprensa? Ninguém menos que ex-consultor jurídico do Senado e do “convívio social” da família Sarney (e amigos), desembargador Dácio Vieira. Vimos mesmo que seu lema em nome da amizade é “Dácium-jeito”! Vergonhoso!

Outra ironia foi a defesa dos advogados de Fernando Sarney relatando que “ a divulgação de qualquer material sobre o assunto fere a honra da família”. Então humildemente concluo que nessa história - o povo que se F....exploda!

Ora, ora. Como vemos o buraco é mais embaixo. Mas felizmente, não é mais “secreto”. Trancaram-se as portas, mas sempre existe a opção das janelas. A imprensa não é e nunca foi santa. Mas com certeza não ficará calada. Não deve.

Assim esperamos. Jornalistas e brasileiros.

Texto de Raquel Duarte

Nota: História de Jose Sarney http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Sarney