terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Desafios

Desta vez acreditei que estava tudo certo. Os rumos mesclados com abismos, tráfegos trôpegos, a rotina do "sempre assim", coletar notícias, transformar, saborear a palavra...Pra mim, estava tudo certo. Mesmo os caminhos insanos, tantos que identifiquei...Eu fui. Com um sorriso largo, daquele que teme mas sente paixão pelo novo, fui. Entregue. bêbada pelo desejo da descoberta. Mas eis que não vi. Ou não entendi quando vi. Ou não tinha que ver oque cega. Ou ainda, pensei que o que estava ali era verdadeiro. Recebi falsos sinais e velhos valores. Senti que me debruçava nas palavras, quase insana. Eram tantos os desfalques verbais, tolhidas mentes e preconceitos tolos que me afoguei em líquidos valores. Não era mais um desafio, deixou de ser. Era simplesmente aquilo, um simples recortar da vida, um bajular de ânimos, uma entrega incompleta, porque nunca foi recíproca. Mas a minha foi real. Quis ir embora. A porta estava entreaberta e já sentia, de leve, um vento carinhoso entre os fios de cabelo. Não foi preciso muito. Nem mesmo um segundo pedido. Recolhi as poucas coisas que tinha, mas levei comigo todas as preciosidades que se ganha com a experiência e parti. E agora aqui estou, liberta e com todas as forças da renovação. Que venha o novo em minha vida. Sem clausuras.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Identidade

Foi nessa idade que a poesia me buscou Não sei de onde veio Do inverno, de um rio Não sei quando Não, não eram vozes Não eram palavras Nem silêncio Mas da rua fui convocado Dos galhos da noite Abruptadamente entre outros Entre fogos violentos voltando sozinho Lá estava eu, sem rosto E fui tocado (Pablo Neruda, do filme delicioso "O carteiro e o poeta")

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Minha primeira vez

Foi assim, meio de repente. Com aquela vontade louca, que provoca suores e arrepios, deixa as mãos trêmulas e o coração palpitante. Vou, não vou, vou, não vou...quero tanto ir....mas será que estou pronta? Sem saber direito a resposta e ainda ofegante, deixei a emoção tomar conta. Não preciso ser perfeita, apenas tenho que ser eu. E respirei fundo, me permitindo, me libertando dos medos e grilos...tão tolos, tão meninos. Descobri então, que sempre, quando se quer muito alguma coisa, com aquela sensação louca de quero mais e não posso parar, tem que se ir em frente. Quando se quer de verdade é porque já se está preparado...Mesmo que não saiba....E às vezes mesmo, nem é preciso saber, basta sentir. Bem vindas as novas sensações. Foi assim, então, que surgiu este despretensioso blog.