terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Desafios

Desta vez acreditei que estava tudo certo. Os rumos mesclados com abismos, tráfegos trôpegos, a rotina do "sempre assim", coletar notícias, transformar, saborear a palavra...Pra mim, estava tudo certo. Mesmo os caminhos insanos, tantos que identifiquei...Eu fui. Com um sorriso largo, daquele que teme mas sente paixão pelo novo, fui. Entregue. bêbada pelo desejo da descoberta. Mas eis que não vi. Ou não entendi quando vi. Ou não tinha que ver oque cega. Ou ainda, pensei que o que estava ali era verdadeiro. Recebi falsos sinais e velhos valores. Senti que me debruçava nas palavras, quase insana. Eram tantos os desfalques verbais, tolhidas mentes e preconceitos tolos que me afoguei em líquidos valores. Não era mais um desafio, deixou de ser. Era simplesmente aquilo, um simples recortar da vida, um bajular de ânimos, uma entrega incompleta, porque nunca foi recíproca. Mas a minha foi real. Quis ir embora. A porta estava entreaberta e já sentia, de leve, um vento carinhoso entre os fios de cabelo. Não foi preciso muito. Nem mesmo um segundo pedido. Recolhi as poucas coisas que tinha, mas levei comigo todas as preciosidades que se ganha com a experiência e parti. E agora aqui estou, liberta e com todas as forças da renovação. Que venha o novo em minha vida. Sem clausuras.

Um comentário:

  1. Nossa, quanta poesia!!

    Um dia me falaram que todos jornalistas trazem a poesia nas veias e eu não acreditei...Vejo que não mentiram pra mim.Rs!!

    Um abraço

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